A existência finita racional

Hoje eu não pretendia muita coisa, somente horas e mais horas tediosas e pouco memoráveis. Parecia-me conveniente passar o dia na cama, sem grandes ou pequenas realizações. Um dia se passa e nós, como bons humanos, esperamos incansavelmente pelo próximo, nos iludindo com a falsa sensação de que algo memorável acontecerá...no próximo.

É complicado imaginar a vida na nossa finitude, algo que por acaso, ou não, deixa de existir e que apenas por instantes nos pertence, pois é constantemente apenas uma possibilidade.

Apesar das muitas crenças, a única certeza que temos é a morte, porque a vida acaba e sem explicações, sem desculpas e despedidas. Vida de inúmeras interrogações e complexidade tremenda, esta é a nossa finitude, nossa existência.

Compreender a existência é simplesmente entender o agora como um possível fim. Logo, compreender a morte é compreender a vida.

São tantas questões e por tantas vezes nos perdemos tentando enformar como se vive, talvez nunca chegaremos ao nível de sabedoria em que não negaremos mais a morte. Não se trata de uma morte digna, sim de uma vida digna. Afinal, não nascemos para morrer, mas vivemos com essa única certeza.




-Turim

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